O navio Calypso é um dos mais icônicos da história da exploração marinha, principalmente devido ao seu famoso proprietário, o explorador e oceanógrafo Jacques Cousteau. Originalmente, o Calypso não foi construído como um navio de exploração. Ele começou sua vida em 1942 como um barco de desembarque da Classe BYMS (British Yard Minesweeper ) construído para a Marinha Real Britânica durante a Segunda Guerra Mundial. Seu nome original era BYMS-26.
Após a guerra, o navio passou por várias mãos, servindo inclusive como ferry entre Malta e Gozo. Em 1950, ele foi comprado pelo milionário irlandês Thomas Loel Guinness, que o reformou e o adaptou para uso como iate privado e o rebatizou como Calypso.
Em 1950, Jacques Cousteau estava à procura de um navio robusto que pudesse ser convertido em um laboratório flutuante para suas expedições marítimas. Guinness alugou o Calypso a Cousteau por um franco simbólico por ano, e o navio passou por mais modificações para se adaptar às necessidades de Cousteau, incluindo laboratórios, câmaras de filmagem subaquática e uma sala de projeção.
O Calypso se tornou o centro das aventuras marítimas de Cousteau, ajudando a conduzir pesquisas pioneiras e a produzir documentários que chamaram a atenção do público para as maravilhas e os problemas dos oceanos. Um dos avanços tecnológicos mais notáveis desenvolvidos a bordo foi a "casa subaquática", onde os cientistas podiam viver por períodos prolongados sob a água para estudar o ambiente marinho de forma contínua.
Uma das características marcantes do Calypso era sua capacidade de operar em águas pouco profundas, o que permitia a Cousteau e sua equipe explorar recifes de coral e outras áreas menos acessíveis. O navio estava equipado com uma gaiola de mergulho e um minissubmarino conhecido como "Soucoupe plongeante" (Disco Voador), que permitia observações subaquáticas em profundidades consideráveis.
O Calypso continuou a ser uma figura central nas explorações e documentários de Cousteau até 1996, quando sofreu um trágico acidente em Singapura. O navio foi acidentalmente atingido por uma barca e afundou no porto. Embora tenha sido resgatado e planejasse-se sua restauração, o projeto enfrentou vários problemas financeiros e legais.
A importância do Calypso vai além de sua estrutura física; ele representa uma era de descobertas e sensibilização ambiental liderada por Jacques Cousteau, cujo legado continua a influenciar a exploração e conservação dos oceanos até hoje.
Feiron Artesãos
Geralmente responde em poucos minutos.
Qual a sua dúvida em Decoração náutica?
🟢 Online | Privacy policy